Solidariedade!
"A solidariedade é, sem sombra de dúvidas, a forma maior de alguém expressar o seu amor. Solidariedade é coisa fina e rebuscada. É sentimento nobre. É um dar sem esperar nada em troca a não ser a felicidade do outro."
Afinal, o que esta tragédia nos ensina?
1. Melhorar sistemas de alerta e ter mais radares em rede
Apesar de o País contar agora com o Tupã, supercomputador que rodará modelos de previsão mais precisos - a resolução de 20 km passará a ser de 5 km -, é necessário investir em soluções complementares. Com o aquecimento global, a tendência é que chuvas intensas sejam mais frequentes. É urgente a criação e manutenção 24 horas de centros meteorológicos em cada Estado e a ampliação do número de radares ligados a uma central.
2. Integrar, equipar e mapear para agir rápido e ser eficaz
Caso seja dado o alerta de emergência, é necessário que ele chegue rápido aos locais apontados. E, para o alerta ter eficácia, é preciso que prefeituras, governos estaduais e federal estejam articulados e preparados para agir rápido, com base num plano de contingência consistente e centralizado em um comando único. Criar defesas civis municipais, equipar melhor as que existem e mapear todas as áreas de risco são ações fundamentais.
3. Informar, educar e avisar as pessoas sobre o alerta
Como a população não está acostumada a esse tipo de alerta, é necessário investir em educação nas escolas e por meio de cartilhas que preparem para o que fazer caso seja necessário evacuar as casas. As pessoas precisam ter garantia de que já terão um abrigo e saber como se deslocar até o local. Prefeituras e Defesa Civil devem organizar cadastros detalhados dos moradores em áreas de risco e saber quem tem dificuldades de locomoção.
4. Acabar com áreas de risco requer controle do solo
Se as chuvas intensas tendem a ser mais frequentes nos próximos anos, o impacto delas deve ser ainda pior caso a ocupação de áreas de risco continue crescendo desordenadamente no País. Para retirar todas as pessoas e evitar novas ocupações, é preciso oferecer opção de moradia segura e controlar efetivamente o uso e ocupação do solo. Deve haver fiscalização e cumprimento das leis e contenção da especulação imobiliária.
5. Restituir e conservar várzeas dos rios, encostas e florestas
Para recuperar e ao mesmo tempo proteger cidades encravadas em regiões serranas uma solução é a criação de parques naturais, ao longo das várzeas de rios. Quando transformados em unidades de conservação ou em áreas de preservação permanente, os locais não podem mais ser ocupados. O desafio, nesse caso, é retirar quem já mora nessas áreas. Outra medida é evitar a canalização de cursos d'água e a impermeabilização do solo.
6. Saber construir para mitigar impacto da chuva
Além de ações de grande porte, que envolvem poder público, ações individuais, principalmente se multiplicadas, contribuem muito para diminuir os efeitos devastadores das chuvas.
Recuperar jardins, manter quintais permeáveis, instalar telhados verdes e tanques para reter água, que pode ser usada para regar plantas, aumentar permeabilidade de pisos e calçadas e não jogar lixo nas ruas são bons exemplos.
Vamos nos previnir para que não aconteça mais e cuidar das famílias que estão desaparadas!
Qualquer ajuda é válida para os sobreviventes dessa tragédia. Vamos divulgar os pontos de coleta no Rio de Janeiro. Os desabrigados e desalojados precisam principalmente de doações de água potável, alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal, como sabonete, pasta de dente e fralda descartável.
Pontos de coleta:
Polícia Militar do Rio de Janeiro;
Viva Rio pelos telefones: (21) 2555-3750 e (21) 2555-3785;
O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro na Av. Marechal Câmara, 370, no centro da cidade;
Inea - Instituto Estadual do Ambiente na Av. Venezuela, 110, Praça Mauá – centro do Rio;
A escola de samba Salgueiro na Rua Silva Teles, 104, no Andaraí;
Fia - Fundação da Infância e Adolescência na Rua Voluntários da Pátria, 120, Botafogo e Rua General Castrioto, 589, Barreto, em Niterói;
Ponte Rio-Niterói pelo telefone: (21) 2620-9333;
Estações do metrô: o Metrô Rio vai disponibilizar a partir de sexta-feira (14), pontos de arrecadação em 11 estações nas linhas 1 e 2. Água, alimentos e produtos de higiene pessoal podem ser doados nas estações Carioca, Central, Largo do Machado, Catete, Glória, Ipanema/General Osório, Pavuna, Saens Peña, Botafogo, Nova América/Del Castilho e Siqueira Campos.
Fontes: Estadão
Foto: Reuters LCA promo
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