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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Encontro marcante com a Onça-pintada no Pantanal Sul em MS

A maior predadora do Brasil sempre atraiu as minhas admirações. O grande fascínio de encontrar com ela pelas matas foi sonho desde criança, quando ouvia escutar o nome da onça pintada (Panthera onca) soar em algum canto, já estava ansioso para acompanhar.

Desde minha infância sonhava com este grande momento, sabia que um dia iria se tornar realidade, mas o difícil era imaginar a hora certa de encontrar o maior felino das Américas.

O fato é que encontrar esse grande animal não seria fácil. Parti então para trabalhar como guia aqui na Fazenda San Francisco, berço e abrigo de várias onças. De início, encontrei vários companheiros guias que avistaram o felino por dezenas de vezes. Escutava as histórias dos avistamentos com uma grande emoção. O relato das observações aliado com as cenas que eles descrevem, deixa qualquer turista pasmo.

Como de rotina acompanho um grupo bem heterogêneo de turistas brasileiros, do estado de São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e outros turistas vindos da Suíça e Paraguai. Naquela manhã de sábado o nosso passeio partiu, para conhecer as belezas do Corixo São Domingos (braço natural do rio Miranda).
 
Com sinais de um ótimo dia de passeio os turistas logo foram investigando as particularidades da fauna local e sem passar batido, um dos questionamentos é se iríamos avistar a onça.

O primeiro animal de grande porte daquela manhã foi logo se aproximando da embarcação, o jacaré-do-pantanal (Caiman yacare). Foram poucos minutos de atenção com os jacarés, quando uma onça apareceu bem em frente à embarcação, em cima da trilha da figueira centenária. Lá estava ela, soberana.

O grande dia tinha chegado, olhos fixados no maior felino das Américas, o medo que ela provoca alimentado pela forte emoção, causou minutos de muita euforia em todos da embarcação, o sonho estava sendo realizado naquele momento, os poucos minutos que ela ficou diante da embarcação pareceu uma eternidade, antes de partir no meio da mata ela deu uma pequena demonstração do porque ela tem que ser respeitada, com longos esturros ela partiu.
 
 
Pra mim, foi algo maravilhoso. Encontrar com a mais bela rainha das matas, garantiu arrepio e respeito. A boa imagem que para todos ficou, que aqui na fazenda existe, existe porque nós preservamos, porque nós queremos esse animal solto, vivo, sadio e com vida longa.

Por: Gabriel Fávero Massocato
Foto: Tânia (visitante da Fazenda San Francisco)
 
Fonte: Blog Fazenda San Francisco

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